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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Sacolas plásticas podem ser vantajosas

Um estudo elaborado pela Fundação Espaço Eco recentemente, conclui que sacolas descartáveis podem ser ecologicamente vantajosas em determinadas situações. A análise foi feita com oito diferentes tipos de sacolas. Das plásticas tradicionais às fabricadas com o chamado plástico verde – produzido com cana-de-açúcar –  e as oxi-biodegradáveis, todas descartáveis, até as de pano e de plástico duráveis, as de TNT (tecido não tecido) e de papel.

Uma das conclusões do estudo é a de que as sacolas descartáveis são mais ecoeficientes em relação às duráveis quando usadas por consumidores que vão ao supermercado apenas uma ou duas vezes por semana.
Diz o estudo que para quem faz compras mais de três vezes por semana as duráveis são a melhor opção, a não ser que esses consumidores utilizem as descartáveis para colocar o lixo na rua também três vezes por semana.
Diga-se de passagem que o conceito de ecoeficiência – palavra ainda ausente dos dicionários, mas criada para classificar produtos com maior valor agregado de utilidade e menor impacto socioambiental – é relativo e questionável. Depende do resultado que se quer alcançar. Na minha modesta opinião, daqui para frente, o que é supérfluo e descartável é antiecológico.
Por isso não vejo ecoeficiência em produtos feitos para virar lixo em poucos minutos, a menos que sejam extremamente úteis, como material hospitalar, por exemplo. E sacolas distribuídas gratuitamente a torto e a direito no comércio, além de desperdiçar recursos naturais são também o combustível de um desastre ambiental já em andamento nas ruas das cidades e principalmente nos oceanos, com as toneladas de saquinhos plásticos invadindo cada vez mais as águas.
Contra esse fato não há argumento plausível de ecoeficiência. Governantes de vários países sabem disso e estão agindo. Basta ver outro estudo, chamado “A sacola plástica na América Latina e no mundo”, publicado no site da Associação Latinoamericana de Supermercados (Alas).
O presidente do Instituto Akatu de Consumo Consciente, Hélio Mattar, fez o resumo da ópera em uma declaração à Agência Estado, quando falou das sacolas descartáveis: “Não dá para gastar água, energia e matérias-primas em um produto que depois será jogado no lixo. Esses recursos são limitados e o ideal é investir em bens mais duráveis”.
Na pior das hipóteses, cobrar pelas sacolas descartáveis é uma forma de fazer o consumidor pensar nisso antes de gastar dinheiro com elas. Porque infelizmente, para nós seres humanos, o que vem de graça não tem valor. Nem bons conselhos.
Fonte: Planeta Sustentável
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Texto retirado de: 
http://blog.ambientebrasil.com.br/?p=2540

Amsterdã: planejar é a regra, fluidez é a sensação

Em um passeio de barco com historiadores de Amsterdã descobri que ela foi fundada no século 11 por pescadores. Era uma vila mercante que foi ocupando aos poucos aquela região pantanosa, de maneira informal. A história ia sendo contada à medida que visitávamos áreas mais antigas e mais recentes da cidade, todas acessíveis pela água. Conduzir um barco em Amsterdã se parece com dirigir um carro em uma cidade grande: inúmeras opções de caminhos e horários de rush a serem evitados. A importância da água para a cidade é evidente. E essa fluidez que experimentei nos canais se confirmou no asfalto. Qualquer que seja o modo escolhido é certo que você vai se locomover sem correr demais e em harmonia com os outros. Pode ser de bonde – o tram -, bicicleta, carro ou a pé.

O modal que escolhi, fora da água, foi a bicicleta – logo na segunda semana de estada por lá aluguei uma magrela bem barata que foi minha companheira durante 21 dias. Na parada anterior, Copenhague, a sensação era a de que os pedestres tinham prioridade no fluxo do trânsito; em Amsterdã as bicicletas reinam até mesmo sobre os pedestres. As ciclovias não são linhas retas acompanhando as avenidas, mas curvas que parecem dançar em meio à calçada, atravessam a rua, passam pela linha do tram e cortam caminho por uma via de pedestres. Há muitas vias exclusivas para ciclistas. Até existe sinalização para ciclistas (na forma de semáforos, em grandes avenidas), mas o que conta mesmo é o que os próprios ciclistas sinalizam. Todos mostram com o corpo quando vão virar à direita, à esquerda ou parar. E, se estiver a pé, melhor prestar atenção, porque dificilmente o ciclista vai parar para te dar passagem.



Reportagem retirada de : http://www.oeco.com.br/reportagens-especiais/25343-amsterda-planejar-e-a-regra-fluidez-e-a-sensacao